27 de mar. de 2008

Faço de conta que te esqueço surrando minhas saudades. meus versos estão acabados. meu amor em vão pede. tenho muitos sorrisos guardados para ti. a tristeza me cai como uma bigorna. te conquistaria na mentira. meus valores saltitam dentro de mim. criei meu mundo anarquista. espero alguém que entre sem medo. não sou obsessiva por chaves. desapego. janelas abertas. dores no peito. você sumiu dos meus sonhos obediente. minha cama abandonada em meu quarto verde e rosa. te desejo uma mulher comum. Amélia, Atenas e Penélope já não te querem. visões arredias de conforto. lembranças úmidas das noites quentes. não entendo meu desejo. fugiria do passado se soubesse. é urgente meu bem querer pelo poeta. não me destes nenhuma chance. te guardo junto com os objetos mais queridos. criança boba a brincar solitária. redoma de vidro em alto mar. espera que acaba com meu sossego. meus olhos te perdem. mostrei a minha fragilidade. mergulhei novamente nas abstrações. homem passarinho. minha gaiola. resmungo pelos cantos seu canto. mais uma queda dos Pirineus. me sinto quebrada.

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