10 de fev. de 2011

desmonte seu brinquedo preferido e achará uma pérola. quero me concentrar no que é técnico e corriqueiro. mesmo com a apatia do amanhecer sonolento. é uma rebelião dos sentidos. quero esquecer a verdade canonizada em mim. viajar num tempo improvável e que quase se desprende de tudo. seguir em frente enganando as crianças que não usam a razão. esculpir o cotidiano com calos nos dedos. já não me surpreendo tanto. acovardei com o passar.

6 de fev. de 2011

quero viver para ouvir o Boto. para ver o dia amanhecer com os amigos. para ouvir as conversas de bar. para ver as viagens de lá para cá. para ver o hoje atropelar o ontem. para ver o sol desmaiar com a gente. quero ver homem voar e flor andar... ir de casa em casa criando uma nova sinfonia. quero ver coisas absurdas e acreditar. quero ver velho virar criança e bicho achar que é gente. quero sair por aí e não achar nada. ver a lua crescer. para seguir, manter os sonhos. para sonhar, ter sempre as águas. para as águas, sempre amor. para amar, sempre a vontade.