5 de out. de 2010
Novo projeto - libertando a poesia do cotidiano - work in progress
objeto transitório - carrega forte carga comunicativa geralmente de maneira misteriosa, é preciso atenção : panfletos, jornais, plantas de maneira geral, alguns insetos, pássaros, brinquedinhos rebeldes (aqueles que fogem do dono e buscam novo lar).
reparar a poesia do cotidiano requer aguçado sentido e em alguns casos treinamento. sabe-se de casos perdidos.
1 de set. de 2010
29 de ago. de 2010
12 de ago. de 2010
11 de ago. de 2010
Foto de Raul Zito para o site G1
Ontem tive o prazer de ver o Robert Crumb na Livraria da Vila, num bate-papo com seu amigo Shelton (do Freakbrothers) e com Caco Galhardo (adoro!).
O Crumb é ótimo, faz qualquer louco se sentir a vontade :)
Ele é desajustado, mal-humorado, mal-educado, socialista, "ex-drogado", odeia o EUA, seu país de origem, odeia flashs e autógrafos. Não tem que ser nada, fazer nada e nem dizer nada para agradar.
É um artista original, inspirado e debochado que definitivamente não tem a mínima intenção de se encaixar dentro de qualquer padrão ou rótulo.
Um ser humano livre, coisa raríssima.
5 de ago. de 2010
16 de jul. de 2010
13 de jul. de 2010
de onde eu saí era um barco de tempestades. a colheita demorada e suada da labuta. uma rua escurecida pela sombra da nuvem. a mala cheia de areia e palavras inaudíveis. de onde eu vim tinham mesas cadeiras vazio. o silêncio manifestado na poeira subindo pelo raio de sol. uma casa construída sob o mar com escafandros enferrujados. o deserto de sensações absurdas. de onde eu saí tinha cheiro de tinta. barulho de serra. fogão à lenha. conversas doentes e pessoas felizes ou conversas felizes e pessoas doentes. lágrimas de cristal e de crocodilo. de onde eu vim tinha um rei generoso e cruel. tinha um rancho, sempre. nasci do amor e da tirania de quem bem se quer.
27 de jun. de 2010
você viu as cenouras gigantes? quanta vida em nosso reino. saboreamos o melhor sanduíche do mundo.com ingredientes secretos e impronunciáveis.encontramos com o pé de capim quando saímos para admirar a lua de prata.guardamos todos aqueles pequeninos países no bolso para a época das invasões bárbaras. o tempo estava tão bem-humorado ontem não? você reparou a completude passando por nós quando estávamos distraídas com as palavras pueris? embriagadas de temas e retratos éramos uma brava minoria. sei que foi uma dura revelação para você a necessidade da imperfeição. somos tão jovens e sabemos cada vez menos sobre o amor. é um disparate. amanheceu enquanto fugíamos do porvir. você tem certeza que não viu as cenouras amiga?
Gravura "Signs" de Baselitz.
25 de jun. de 2010
a mágica da simplicidade. pássaro flor amizade. a mágica do reconhecimento. eu você outras de nós mesmas. andamos por aí com este medo de voar. tirem um pouco de ar de nossos pulmões! deixem o sal a luz a esperança. voltamos ao balanço no quintal e encontramos aquelas pequenas meninas em profundo repouso. hora de brincar de ser gente grande. a mágica da memória. criança papel segredo. vento no rosto e muita saudade.
Para a nova amiga Karina :)
22 de jun. de 2010
respirando, respirando...
21 de jun. de 2010
10 de mai. de 2010
tenho os olhos inflamados de vida. uma vida que falta ou falha. mas que chora pelo que sobra. faíscas e farpas. tenho um coração fungando em pleno outono. tenho a semente guardada no bolso para a primavera fértil. tenho um cansaço mórbido das coisas que demoraram demais para nascer. tenho um albergue assobradado cheio de histórias riscadas nas paredes. meus sonhos são claros e curtos como minhas falas com meu amor. ando por demais infantil.
Obra de Susan Rothenberg -"Uncorked" , 2003