Colagem "La Venus domestica"
minhas mãos tremem de não
corresponder ao mundo. sentimos medo de tudo e temos refúgios malditos,
incógnitos, que vão e vem. num fluxo de sensações e evocações, perambulo pela
cidade em busca de não querer nada. passarinho burro, gato feio, cão
delinquente. estamos nessa merda dessa barca que nuca afunda. sonho a noite e
desisto todo o tempo, o tempo todo. perco meu direito de sol, de vagabundagem e não tenho dinheiro
para comprar o ócio. passo fome de vida para não padecer.