25 de ago. de 2013


Colagem "La Venus domestica"
 
minhas mãos tremem de não corresponder ao mundo. sentimos medo de tudo e temos refúgios malditos, incógnitos, que vão e vem. num fluxo de sensações e evocações, perambulo pela cidade em busca de não querer nada. passarinho burro, gato feio, cão delinquente. estamos nessa merda dessa barca que nuca afunda. sonho a noite e desisto todo o tempo, o tempo todo. perco meu direito de sol, de vagabundagem e não tenho dinheiro para comprar o ócio. passo fome de vida para não padecer.

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