17 de mar. de 2008

Cercada por estas bestas,
homens tão terríveis!
Lembram aquele homem maldito imaginário,
inconsciente coletivo da escória.

Observam-me como hienas,
rindo de minha fragilidade.
Não sabem de onde eu vim,
Harpia disfarçada,
milhões de anos de gestação;
Todas as mulheres humilhadas guardadas em mim,
aguardando a vingança.

Se Zeus caiu, por quê pensam vocês que não cairão?

Desistam, já não há perdão!
Agora só resta aguardar.
Sorrateiramente estarei ao seu lado,
com todo o veneno ingênuo,
das pequenas mulheres enganadas.
Estarei onde menos esperam:
No sorriso de sua filha;
No batom de sua puta;
No calor dos abraços de sua esposa;
Na adolescente colegial;
Na garçonete cansada.

Em cada uma dessas mulheres
maltratadas por seus olhos
que desejam dominar, possuir, rejeitar.
Deus é mulher!
E está aqui a planejar.


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