15 de abr. de 2012

Femme Maison - Louise bourgeois 1994

vasto costão de pedras mudas. nenhuma vênus. nenhum brancusi. nada para modelar. o pó que cobre os livros não vale um cigarro. já não se ama como antigamente nesta paisagem de mármores frios. mesmo nas notas quentes. arranco meus olhos por enxergar demais. jogo xadrez no escuro que é como se deve levar o tempo. não me faça sentir pertencimento, é doloroso. você leva chaves ferramentas imagens. e o céu despenca de memórias. essas pedras se movem. fantoches conduzidos por linhas de ouro. te encontro e acordo. teu signo ainda grudado em mim.

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