3 de jul. de 2012

a lua maltrata meus sentidos e o filósofo me deixou pessimista. muito expressionista e austera. você ainda não me contou seu segredo. eu tenho que virar ilha para perder mais um pouco de mim. está na hora de cortar os cabelos e tentar salvar um pouco da poética sôfrega. só poderás me puxar para ti se me pegares pela mão. sem medo, sem medo. escuto o silêncio do mundo no caos desta fera. não há cosmos. tenho um pouco de dó dos tolos e muita consideração pelos que conseguiram se distrair desta maldita e infindável angústia. eu não. sempre essa tola sofredora com dois terços de instinto e o resto de uma razão surrada. hoje não era dia de romance? as moiras teçam sem cessar suas linhas coloridas. me amarram. me sufocam. e você por que não larga esse esconderijo e vem me salvar?

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