4 de jul. de 2008


bem-vindo! não se assuste. tenho uma impressão boba da vida. tempo medido pelas sensações. criança hedonista. não enxergo um palmo além do que posso entender. o oficio me rende momentos de distração. minha selvageria eu canso com a labuta. horas árduas de cansaço transcendental. por não saber onde ir sempre chego ao lugar certo. enxergar muito ver pouco. a única certeza é o amor. mesmo na recusa. mesmo em sua ausência. porque amar me parece um gesto quase solitário. a falta de ti eu sinto em mim. pedaço que perdi logo que encontrei. tenho essa impressão boba da vida. misturo a finitude e a eternidade. moram juntas na caixa de xadrez. antes disso era só compreensão. aprendo a viver e morro aos poucos. agora há de fato uma vida. já não sinto os minutos contundentes. sinto algo que se alastra criando um novo caminho. força de uma história. tenho uma impressão inquieta da vida. que só sossega nos teus braços...
Imagem - Louise Bourgeois , Recent works.

Um comentário:

Claudia Venegas disse...

Por não saber para onde vamos chegamos ao lugar certo...O mais dificil é chegar inteiro! Esse é o trabalho mais arduo da separação, da perda sem sentido que nos deixa sem um caminho, do carinho que não mais será estendido, fora de nós, porque dentro, as vezes perpetua em silencio;
Esse seu texto, poesia , me tocou bastante!
NOssaaa!