9 de jun. de 2008

toda lágrima caída uma espera. toda ausência sentida uma busca. toda essa casa ainda inacabada outra metade. todo trabalho árduo matar a saudade. todo o coração contido um medo. toda essa mulher puro desespero. vou em frente nem sei porquê. tem um pouco de meu pai. tem um pouco de minha mãe. tem um pouco de arte. tem um pouco só vontade. tem aquilo que não sei o quê. tem a magia que ainda vive. tem a criança que me habita. tem a vida que me chama e eu não sei dizer não. tenho disponibilidade para o sorriso e a dor. tenho em mim a mais pura ingenuidade e a maior força. não me entrego ao conforto nem ao cômodo. continuo pequena e destemida. carente e frágil. sou uma mulher. sei o meu legado. tenho o estranhamento de Clarice. a culpa de Adélia. arteira Camille. rompante Elis. Amélia Atenas Afrodite. na tristeza Dolores. na solidão Hilda. na fé Iemanjá. na angústia Abramovic. na expressão da dor Bibi. colorida Carmem. no grande amor hei de ser Marieta Dorine Beauvoir.

4 comentários:

Cris disse...

Saudade de vc, pequeninha...

Anônimo disse...
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Camila Prada disse...

ah isso aqui tá muito bom, isso aqui tá bom demais! ah! quem tá fora quer entrar e quem está dentro não sai!

beijos da mais Amélia das Heras... rs

Vitor Novais disse...

a FADA verde com cabelos dourados, abóbourados, doces...

saudades
Vi