23 de jul. de 2008

casa completamente entregue aos meus bichos soltos. jaguatirica de boteco. novas tentativas com novos sons e temperos. remendos retalhos. minhas queridas escudeiras continuam a me defender. saudosismo reflexivo para tempos de invasões bárbaras. três reis magos passaram e não me deixaram nada. bagunço tudo. não sou tão frágil quanto posso parecer. não como pelas bordas. me jogo de cara no prato. sou tormenta carinhosa. flores selvagens na mesa. não venha ave rapina não pense que levou minha paz. sou tempestade disfarçada de garoa. continuo na guerra insana pela descoberta. já fui a criança mais linda do mundo. sigo mesmo sem você. falta um pedaço do livro que colori. minha estante está cheia de poesia e mar. meu rio se despede das águas escuras. vejo de novo o brilho das coisas que esqueci. memória instantânea com fermento biológico. esfinge na madrugada fria. meu batom vermelho e eu fizemos um pacto. me resta sorrir.

2 comentários:

Sandra Laurita disse...

O bebe mais lindo de todos, mas pasmem! Essa beleza continua ai, e se expande nas linhas, nos textos, nas palavras vindas da alma e na eterna busca pelo amor!
Lindo texto minha irmã....

Claudia Venegas disse...

Muito bom, tem bastante senso de humor, sensibilidade;
As vezes faço esse pacto com meu batom, no fim nos resta sorrir ...risos!

Um amigo, o Celso, me passou seu blog!
Passe no meu quando puder, abraços;

http://aldeianerudiana.blogspot.com/