16 de fev. de 2012

Para os ébrios e as evas.

Chegastes que nem um Barão ébrio,
em noite de fanfarra e como dizia o oráculo.
Por me tirares de uma palidez alegre,
sempre disfarçada em um incomodo,
de mulher-mar que não se aceita,
invadida, te invadi.
Ninguém pode me dizer:
Ninfa, harpia, menina!

Se tivesses Barão, sido inexato...
não terias assistido a fúria da mulher transcendental.
Nascida em um desterro,
só posso oferecer ondas e ventos.
Mas a brisa é suave, assim como a maré baixa.

Enquanto tu te conformas com teus encontros,
desconstruo igrejas a procura de Eva.
Que já não é verbo, não é pecado, não é nudez.
Só nos restam costelas e corações,
evas infinitas riscadas com um carbono,
que nunca virarão diamantes.

Isso começou, Barão, há muito tempo,
um tempo que há tempos não fala,
e calar sempre foi nosso,
um silêncio perturbador,
cheio de palavras que não dizem nada.

Nenhum comentário: