8 de jan. de 2008

esperanças renovadas


Tem uma hora que a gente percebe que tá fazendo a coisa certa, também depois de tanto tempo batendo a cabeça, tantas horas de solitária reflexão, tantas cervejas mal bebidas, tantas lágrimas escondidas, tem que acontecer alguma coisa. Voltei de minha ilha, revi amigos, passeei pela minha geografia emocional, deitei do lado da mamãe, tomei o melhor banho de mar do mundo, entre outras coisas... Passei o reveillon sossegada, zen, ligth, rsrs... Senti saudades de alguém que dessa vez, depois de 7 anos, não estava por lá com sua incrível capacidade de transformar tudo em doçura. Tive a famosa crise do retorno, que durou pouquíssimo, porque quando cheguei em Sampa, uma chuva de amigos queridos já apareceram, novas propostas, novos projetos, como se a cidade me dissesse nas entrelinhas: "Você é nossa!". Senti pela primeira vez nesses quase 5 anos, uma segurança, pequenina, porque esta é uma sensação sorrateira e perigosa, de que o caminho que venho fazendo não é tão displicente e torto, quanto meus pobres conceitos rígidos me ditam. E aí senti um medo terrível, de chegar em algum lugar. Algo que algum psicólogo já deve ter dado um nome tipo "síndrome da felicidade eminente". Aí a única coisa que eu poderia fazer era ir dormir na casa do Dani, bater um papo gigante e maravilhoso como sempre e depois assistir Heroes pela primeira vez e pensar: " somos todos heróis nesse novo mundo, é ou não é?"

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